A cultura do futebol de base na Holanda

A cultura do futebol de base na Holanda

Representantes da Federação Holandesa, Lennard Van Ruiven, gestor de desenvolvimento, e Teun Jacobs, coordenador técnico, debatem futebol de base na Holanda.

Somos Futebol: Categorias de base - Lennard Van Ruiven e Teun Jacobs Somos Futebol: Categorias de base - Lennard Van Ruiven e Teun Jacobs
Créditos: Lucas Figueiredo/CBF

Na manhã deste último dia de palestras da 2ª Semana de Evolução do Futebol Brasileiro, o tema é “Categorias de Base”. Representantes da Federação Holandesa de Futebol, Lennard Van Ruiven, gestor de desenvolvimento, e Teun Jacobs, coordenador técnico, compareceram nesta quinta-feira (11), na sede da CBF, no Rio de Janeiro (RJ), e apresentaram um panorama do futebol de base naquele país. 

– O futebol profissional não pode e não existe sem o amador, e o amador precisa do profissional. Um depende do outro – abriu Lennard Van Ruiven.

Através de slides com detalhes sobre o desenvolvimento de talentos, a infraestrutura de academias, estatísticas e vídeos que retratam o trabalho da Federação Holandesa com o futebol de base, Van Ruiven destacou o engajamento de comunidades locais em motivacionar e influenciar meninos e meninas a praticar o futebol. 

– Há pelo menos um clube em cada município. Todos os meninos e meninas devem e podem aprender a jogar futebol. Contamos com o engajamento local de famílias e interessados para serem professores e técnicos de clubes locais. Através de cursos e ações aproximamos os familiares do futebol, e eles nos ajudam no desenvolvimento e retenção de talentos. É uma questão de cultura e identidade – explicou.

Segundo Teun Jacobs, a Federação Holandesa possui maior responsabilidade no futebol de base em âmbito nacional. O trabalho com os jovens em nível local ajuda no amadurecimento destes talentos, que chegam às competições nacionais preparados para o desafio. 

– Os treinamentos ocorrem três vezes na semana localmente, e até seis vezes na semana regionalmente. E os jogos acontecem aos sábados. Nacionalmente, investimentos em seminários, parcerias com escolas, técnicos e especialistas em jovens talentos. Unindo educação com o esporte, fizemos parceria com o governo para que as crianças pudessem estudar e jogar em nível competitivo – falou Jacobs.

Tein destacou o trabalho do clube holandês Ajax, que firmou parceria com escolas onde os jogadores escolhem em qual quer estudar. Os estudos não atrapalham na formação do atleta, que treina quatro vezes e participa de partidas com 70 minutos de duração aos sábados.

– Ao longo do desenvolvimento desses talentos, a partir dos 15 anos esses atletas podem jogar pela seleção. Meninos e meninas participam de eliminatórias da Euro e do Mundial. O desenvolvimento é feito de forma gradual e plena, proporcionando oportunidades e futuro – completou. 

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