Com o objetivo de fomentar a modalidade, personalidades ligadas ao futebol feminino se reuniram na sede da CBF para debates
Na manhã desta quarta-feira (27), o futebol feminino e os aspectos relacionados ao seu desenvolvimento foram os temas centrais das discussões na Semana de Evolução do Futebol. Em evento realizado na sede da CBF, personalidades ligadas à modalidade se reuniram para uma série de palestras e debates, com o objetivo de fomentar o esporte no Brasil e no mundo.
Marco Aurélio Cunha, coordenador de futebol feminino da CBF, abriu o dia de palestras deixando clara sua missão e responsabilidade com a modalidade: evoluir. O coordenador enfatizou o crescimento exponencial do futebol entre mulheres, mas ainda encara um amplo caminho à frente para o desenvolvimento. Segundo Marco Aurélio, tão importante quanto buscar crescimento é a manutenção e continuidade do trabalho, a longo prazo.
– O Brasil fez se tornar equilibrado e competitivo. E a nossa missão é sempre focar no futuro.
A gerente de Desenvolvimento do Futebol Feminino da Conmebol, Lorena Soto, também trouxe pontos relevantes à conversa sobre futebol feminino ao apresentar estatísticas que comprovam o crescimento da modalidade. Segundo dados levantados pela entidade sul-americana, mais de 30 milhões de mulheres de todas as idades praticam futebol. Dessas, 12% são crianças e jovens mulheres. Em comparação com os números de 2000, a adesão à modalidade cresceu 32% em 14 anos.
Além disso, as estatísticas mostram superávit no que diz respeito ao público presente na Copa do Mundo feminina, bem como o número de acessos ao conteúdo de futebol feminino do site oficial da FIFA. O aumento na quantidade de seleções participando da fase classificatória para o mundial, bem como da própria competição, têm influência no engajamento da população geral.
Outro ponto apresentado por Lorena foi o tripé para o desenvolvimento do futebol: estruturação das competições (organização, logística e manutenção), marketing (mudanças na perspectiva sobre o futebol feminino e incentivo à prática), e criação de um comitê específico à modalidade (braço executor).